sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Feevale - Aluno com paralisia cerebral se forma nesta sexta-feira

Feevale - Aluno com paralisia cerebral se forma nesta sexta-feira Category: Notícias do Campus Created on Tuesday, 31 July 2012 19:04 As últimas semanas têm sido de muita expectativa e ansiedade para o acadêmico Guilherme Finotti que, aos 20 anos de idade, está prestes a se formar em Sistemas para Internet na Universidade Feevale. À medida que se aproxima o dia 3 de agosto, data da sua formatura, o sorriso fácil vai dando lugar à inquietação. E não é para menos, afinal, esta não é só mais uma batalha que está chegando ao fim, mas o começo de uma longa trajetória profissional. ________________________________________ Guilherme, que possui paralisia cerebral, ingressou na Feevale em 2010, depois de ter se formado no curso técnico em Desenvolvimento de Software e Aplicação para Internet, na Escola de Aplicação da Feevale. Em 2009, foi preciso lutar muito para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por meio de um computador adaptado. Apesar da restrição motora e de fala, a sua capacidade cognitiva não foi afetada. Por causa da deficiência, ele não consegue abrir totalmente a mão e, para usar o computador, depende de teclado e mouse especiais. E se, apesar de todos os problemas Guilherme é uma pessoa bem resolvida, isso se deve, em primeiro lugar, ao apoio e carinho da mãe Eunice e do pai Luis. Hoje, ele também é funcionário da Universidade Feevale, onde atua como auxiliar de Suporte a Sistemas no setor de Recursos Humanos. “Trabalhar aqui é muito bom, pois a Instituição incentiva o profissional; o clima é agradável, nossa equipe é ótima e há espaços para perguntas e sugestões”, afirma ele sobre sua primeira experiência profissional. Por e-mail, Guilherme respondeu as perguntas abaixo. O que a formatura representa para você? O fim de uma etapa muito importante na minha vida pessoal e profissional, estar me formando em um curso que eu adorei, em todos os sentidos, e os primeiros passos em minha profissão, que amo. Temos que lutar por nossos sonhos e o fato de você andar sobre uma cadeira de rodas ou não enxergar, por exemplo, apenas significa que você terá que adaptar suas ações diferentemente dos outros, mas nunca que você é “diferente” e terá que viver, pensar, desejar e ser tratado diferente só por isso. O que você projeta daqui para frente? Muitas coisas, como me especializar em minha área, ganhar experiência e crescer profissionalmente, além de descansar uns meses da vida acadêmica e cuidar mais de mim e de meu físico. Quero e serei um profissional muito respeitado e bem-sucedido e um grande homem, reconhecido não somente pelas minhas lutas para me incluir, mas sim, pelo meu trabalho. O que falta, no Brasil, para as pessoas com deficiência? Muito conhecimento por parte do povo sobre as diferentes deficiências e suas reais limitações, o que, acredito, seja a solução para acabar com grande parte do preconceito existente. Também é preciso maior respeito por parte da sociedade, do poder público e, ouso falar, de muitos PCD’s, que usam suas limitações só para ganhar vantagens, denegrindo nossa imagem. Que conselho você daria para quem possui deficiência? Precisamos de ajuda sim, mas não espere que outro lute por você, suas vitórias começam por você. Como uma grande amiga diz, somos (d)Eficientes.

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